Timidez pode afetar o rendimento escolar?

Algumas pessoas conseguem superar a timidez e tornar-se uma pessoa confiante. Mas é desde pequeno que esse desconforto deve ser tratado.

Quando há um grupo de pessoas reunidas sempre tem alguém que fala ou se expõe menos. Até mesmo as crianças quando estão interagindo com os amiguinhos tem sempre uma ou outra que fica mais acanhada. Essas atitudes são um reflexo da timidez. Segundo a psicóloga, Talita Cristina da Silva Oliveira, “esse desconforto pode ser causado pela ansiedade e insegurança demonstrada em algumas situações através da obssessiva preocupação com as atitudes, reações e pensamentos dos outros, principalmente se o contato for realizado com desconhecido ou em grupo. A timidez aflora muitas vezes, mas não exclusivamente, em situações de confronto com “figuras” que representam autoridades como pais, professores e chefes.”

Segundo Talita a timidez não é considerada um problema. “Inclusive pode funcionar como um mecanismo de defesa que permite à pessoa avaliar situações novas através de uma atitude cautelosa, e buscar a resposta adequada para a situação. Poderia ser considerado um problema se apresentada de forma extrema, excessiva, podendo tornar-se uma fobia e consequentemente impossibilitando a interação social”, explica.

A psicóloga também esclarece que o acanhamento ou a timidez, pode ser “normal” e é considerada saudável, o importante é não gerar aumento significativo de ansiedade e desconforto. A timidez excessiva que gera desconforto, ocorre com frequência e em diversos âmbitos da vida. Oliveira afirma que, “os pais podem identificar a timidez na criança através da dificuldade e desconforto na interação com a família, colegas da escola, ao fazer amigos, conversar com as pessoas, isolamento, etc. Vale ressaltar que esse comportamento precisa ser contínuo e em diversas áreas para gerar preocupação nos pais e a busca de um profissional para auxiliar.”

A timidez pode interferir no rendimento escolar caso a criança ou adolescente esteja insatisfeito com seu próprio comportamento. A psicóloga explica como isso afeta, “suas preocupações e quadro emocional fragilizado, provavelmente, não permitirão que ele se concentre o necessário e compreenda o conteúdo lecionado, ou ainda o oposto, pode ocorrer ao se isolar ainda mais e só manter o foco no aprendizado, prejudicando o convívio social com os demais alunos.” Quando isso ocorrer os pais e professores devem ajudar as crianças a superar a timidez. Segundo Talita, neste caso, “o papel dos pais e educadores é permitir que a criança se expresse e incentivá-la a brincar, conversar, sempre respeitando sua vontade, nao forçando a realizar alguma tarefa que não se sinta confortável, evitando assim gerar angústia”, explica.

Para concluir, a psicóloga pede que os pais fiquem sempre atentos aos hábitos dos filhos. “É importante que os pais observem se o comportamento apresentado causa danos ou não na constituição da personalidade na criança ou adolescente, ou se é apenas uma fase, ou perfil mais introspectivo e se necessário procurem ajuda de um profissional para compreeder se a timidez do filho poderá interferir em seu desenvolvimento e em sua qualidade de vida.”

Para: Revista Alvo Leste

 

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